16.7.10

O CASAMENTO DA MINHA AMIGA



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A gente espera viver pra ver muitas coisas na vida.
Ter tudo que se quis conquistado de forma lícita e pelo próprio mérito.
Ter nossos pais felizes com isso.
Filhos realizando grandes feitos pra gente se orgulhar.
Amigos felizes e realizados.
E aquela amiga que a gente acompanhou cada passo de sua jornada, entre choros e risos, perdas e ganhos, tédio e encantamento... finalmente realizada. Feliz. Plena...


Histórias de amor foram criadas para terem finais felizes. Dramáticos ou não, mas... felizes. Aliás, drama faz parte do amor. De todas as formas de amar, a mais doída é amar à distância. Querer sentir o cheiro, o toque... e não poder. Rolar na cama, abraçar o travesseiro e... ter cólicas de saudade. Abraçar na chegada já sentindo a dor da saudade, porque sabemos que haverá em breve mais uma despedida.
Foi mais ou menos assim com a Livinha e o Cicinho (Fabrício, para os outros, Cicinho pra mim... ;)). Distância, saudade, anseios, medos, indecisões, muita brincadeira pra afogar a saudade, muito skype, msn, sms... ó santa tecnologia que nos permite aproximarmos de quem amamos...


E minha amiga encontrou "o cara". É assim que ela o denomina: "O cara". Ela também o chama de muitas coisas engraçadas, é só ler aqui. E quis o destino, que antes mesmo dela conhecê-lo, eu já soubesse que ele seria "o cara". Ele estava lá... escrito nas estrelas (ah, Livinha, vc achou que eu não ia me gabar disso, né? hehe) e eu vi! Ela não deu muita bola, claro. Até me manteve um pouco alheia à toda a movimentação de sua vida depois de conhecê-lo. O que foi corrigido logo logo depois de uns puxões de orelha... 

Se este blog existe, foi porque ela o fez pra mim. Blogueira inveterada, escritora maravilhosa, de fala difícil, me meteu no meio de uma revista online. Eu escrevia sobre coisas bobas. Meu cotidiano. E por mais que ela sempre me corrigisse, ao mesmo tempo me estimulava a escrever mais e mais. Sim, se hoje escrevo, também devo a ela.


Ah, sim... ela também é minha advogada pessoal e instransferível. Sabe fazer um pão de queijo que eu nunca comi - nem mesmo quando estive na casa dela! Temos tanta coisa em comum... na mesma proporção do incomum. É assim com livros, filmes, jogos, internet, seriados.


Como toda e qualquer amizade, na nossa sempre teve brigas, separação, discussões, tempo sem se falar, risadas na madrugada no msn, "eu te amo", "eu te odeio", muito chororô lendo HP e vendo Rent. Conversas intermináveis sobre nada e tantas outras sobre coisas muito importantes. As sem sentido sempre foram mais divertidas, claro! Torpedos furtivos sobre saudade. Abraços virtuais que conseguiam se reunir num só, quando nos reencontrávamos. 


Eu jamais cogitei fotografar o casamento dela. Até porque ela tem uma certa aversão à certos modismos. Só mesmo "o cara" pra fazer a Livia montar uma festa de casamento. Só mesmo "o cara" pra fazer tudo acontecer de um jeito especial. Do jeito deles. Ao ar livre, de um jeitim mineirim adorável, com trilha do Sidney Magal, sabor de chocolate, muitas cores, muita diversão e muito significado.


Todo o cerimonial foi idealizado e realizado pelo casal. Mais pelo Cicinho, que com sua genialidade incontestável transformou uma cerimônia matrimonial em algo mais familiar, único, significativo, doce, transbordando amor e cumplicidade em casa gesto. Afinal, como fazer uma noiva casar se ela não curte isso, e muito menos quer parecer uma noiva? Haja imaginação! E haja emoção! Choreeeeeeeeeiiiiii o tempo inteiro. Tanto, ao ponto da tia dela ter dúvidas quanto à minha experiência em casamentos... :)


Realmente, um casamento assim, eu nunca tinha fotografado. Os noivos que buscaram os pais e padrinhos e levaram ao altar. Cada um recebeu uma rosa, que a dama de honra recolheu e montou o bouquet da noiva.


Toda a decoração foi idealizada e realizada pela mãe da noiva, Angélica, uma artista de mãos mágicas. O que torna tudo mais especial é que toda a família participou dos preparativos. Cada flor, pendedor de guardanapo, caixinha... cada pedacinho daquela Chácara representava um gesto de carinho. Carinho também do meu amigão fotógrafo Immonem Barros, que me ajudou a registrar tudinho!


A Nayra, dama de honra, foi mega importante em todos os capítulos dessa história. Na última semana então... ela foi motorista, decoradora, frete, amiga, madrinha, cicerone, copeira, costureira... nossa! Ganhei a Nayra de amiga há alguns anos. Foi um presente. No finalzinho da festa a Livia a presenteou com o seu bouquet. Entre risos e lágrimas foi a "jogada de bouquet" mais emocionante que já vi! Esperamos que esse bouquet tão especial traga "o cara" pra ela. Ela é muito xuxu!


A cerimônia foi celebrada por um juiz de paz maravilhoso! De texto encantador, nos embalou em versos profundos, sonhadores... Depois, as 2 irmãs da mãe da noiva também falaram ao casal sobre vida espiritual, matrimonial, e pessoal. O que já estava emocionante, derrubou esta que vos escreve de vez. 


A recepção, entre comes e bebes que rendem comentários até hoje, foi recheada de diversão. Até caça ao tesouro o noivo fez pra noiva. Através de envelopes contendo cartas com pistas para o próximo envelope, que ela tinha de adivinhar também com quem estava!


E pra dificultar o raciocínio, cada carta vinha como se o possuidor do envelope a tivesse escrito. Assim, quando chegou na carta da mãe... bem... tinha um dizer assim: " Amamos a mesma pessoa." Esse é o presente mais precioso pra mim. Quando as famílias de ambos se tornam uma só. Ai, minha amiguinha chegou a perder a fala... :}


Finalmente, a última carta levou a um baú... dentro de outro baú, dentro de outro... que por fim, continha uma aliança linda de brilhante! "O cara" sabe inventar, né?


Neste post kilométrico que mal resume toda emoção que senti, nem mostra todas fotos que gostaria de mostrar, espero ter conseguido transmitir a síntese do que foi o casamento da minha amiga. Como pode alguém que nunca desejou tal coisa, conseguir realizar assim... de modo tão lindo e especial.


Esta música eu literalmente roubei de um post que a Livia fez pro Cicinho. Ela a dedicou pra ele. Simples assim. 

"Never met a man quite like you
Doin all you can
Makin' my dreams come true
You're strong and you're smart
You've taken my heart
And I'll give you
The rest of me too
You're the perfect man for me
I love you I do"
Livinha, querida... sinta-se toda beliscadinha... É... vc sempre pede: "me belisca", quando vê algo aparentemente impossível acontecer.  Estar neste dia com vcs foi... assim... inenarrável. Fiquei dias pensando em como descrever o que senti descrevendo o que aconteceu. Mas... foi impossível. Não consegui mesclar o texto, nem a música, ficou tudo "truncado". Mas está escrito. Através da escrita nos encontramos. E finalmente depois de tantos anos consegui fotografar vc, né? Então, perdoe essas linhas mal escritas. E que as imagens não sejam tão mal "escritas" assim. Que eu possa ter sintetizado toda a sua alegria em cada imagem. Que eu possa ter imortalizado tantos momentos bons do jeitinho que vc imaginou e confiou. Que sua vida seja da cor que vc resolver pintar. Que o Cicinho continue te fazendo sorrir. Muito. De doer o estômago. E que cada vez que vc olhe nos olhos dele, se apaixone de novo. Reciprocamente. Que o dia a dia não seja rotina. E se for... que seja divertidíssima!


"It's almost
Too good to be true"
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