A HISTORIA SEM FIM

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É uma história de amor... e como não haveria de ser? Tem tudo que uma história de amor pede:

Tem um sapo que não vira príncipe. Mas as solteiras vão lutar por ele!

Tem um príncipe que não tem coroa. Mas é "consorte" e vai desposar a mocinha da história.

Tem uma gata que não tem nada de borralheira. Aliás, tem um "quê" de princesa, com aquele olhar apaixonado e um jeitinho que a gente jura que se ela começar a cantar, passarinhos virão pousar nos seus ombros - alguém já viu essa cena da Branca de Neve, né? - aliás, acho que esse é o "quê" de princesa dela: a pele branca como a neve e os traços delicados como qualquer princesa deve ter.

Tem também um mago - sem caldeirão. Na verdade, ele usa pincéis, escovas e muita arte!

Ah... e tem a fada madrinha, claro! Sem asa, sem varinha e... bem... nada de fada! Aliás, em vez de varinha, ela tem uma filmadora.

E também uma pulseirinha... pra virar o item emprestado que toda noiva tem de ter na hora de se casar!

Essa madrinha tem uma magia simples.... a magia que mais prezamos: amizade.

E tudo aconteceu num lugar encantado. Uma casa cheia de lembranças com sabor de brigadeiro de panela e bolo quentinho de milho. O ar tem cheiro de café da manhã com risadas, e lá no fundo ainda se pode ouvir o som de pés descalços correndo por todo lugar... acompanhados de gritos entusiasmados, gargalhadas... Lembranças de domingo de sol, banho de mangueira, abraços apertados e histórias que só as vovós e vovôs sabem contar. Fotos pela casa faz a gente ter saudade da família unida, peru de natal, roubar rabanada da bandeja, férias na praia e desejar que o tempo volte atrás.

Foi neste lugar, Numa chuvosa manhã de novembro, que a Renata escolheu pra se preparar pro tão esperado SIM!

Foi um SIM apaixonado, molhado, dito pelos lábios, pelo olhar... pelos dois, Renata e Helio. Quando um beijo é pouco pra selar o ritual, um abraço conforta, aquece e os traz à lucidez de que realmente o dia de sonho chegou.

Após o ritual religioso, todos se juntaram no salão pra comemorar tamanho acontecimento. Música suave de fundo, som de taças se tocando, crianças brincando, vozes em côro saudando os noivos.

Quando se casa uma nova vida inicia e outra termina. Como diz a música deste post:

"Dois corações, dois corações que batem como um só
Nossas vidas apenas começaram
Para sempre, eu a manterei perto de meus braços"

É redundante, eu sei. Mas não canso de fotografar as despedidas emocionadas de mãe e filha, filho e pai. As bênçãos paternas ditas ao pé do ouvido, abraços sucessivos, uma lágrima que tenta-se esconder. Votos de felicidade, promessas como " Não some não", "Apareça aos domingos", "Ligue pro que precisar"... rolam sempre.

Fui surpreendida por uma menina que fiocu agarrada no príncipe Helio aos prantos. Diz ele que ela chorava de felicidade. Chorei junto.

Na hora do buquê, a Re jogou um sapo lindooooooooooooo! A futura noiva diz que vai beijá-lo ateeeeeeeeeeeeé...!

Ao final da festa voltou a chover. Bênção dos céus. No meu coração uma paz celestial. Saí de lá olhando praqueles dois fofos que fotografei toda a manhã. A felicidade estampada nos seus rostos. Sorrisos de orelha a orelha. Ansiosos pela jornada que está por vir.

Caminharão juntos... farão sua própria história... que contarão aos seus filhos, seus netos, bisnetos... e quem sabe um dia uma filha, neta ou bisneta será fotografada estando pra casar... na casa deles, uma casa cheia de cheiros e lembranças de uma história linda...

Primeira semana de 2009 e tantas histórias por contar. Ontem nasceu o Gabriel, filho da Carol, a gestante do post anterior a este. A Carol, que um dia fotografei durante sua produção antes de casar. O Carlo, pai do ano, me ligou hoje todo emocionado. Já estou contando os dias pra ir visitá-los e registrar os papais corujas, que há algumas semanas seguravam roupinhas novinhas, imaginando o filhote ali dentro. Tantas histórias... e a ligação do Carlo foi o meu presente de hoje, dia do fotógrafo. Tem presente melhor que esse?

Termino aqui sonhando... com os futuros papais, Renata e Helio, me ligando e dizendo: "Nasceu!"